Apple prepara iPhone dobrável para 2026, mas não espere grandes revoluções

A Apple está preparando terreno para lançar, em 2026, o seu primeiro iPhone com tela dobrável. A informação vem do jornalista Mark Gurman, que revelou detalhes de rumores sobre os planos da empresa em sua newsletter semanal.

Mas diferente do que muitos talvez esperem, o modelo não deve trazer uma revolução na forma de usar o iPhone.

A estratégia será outra: entrar com força num segmento já estabelecido, mas com o peso da marca Apple — e com refinamentos que melhorem a experiência.

Um novo formato, mas familiar

O dobrável da Apple será no estilo “livro”, como os da linha Galaxy Z Fold da Samsung. Isso significa uma tela externa para uso convencional e uma tela interna dobrável que se abre como um tablet.

Mesmo sem experiência nesta categoria de aparelho, a empresa parece confiante de que pode dominar o segmento com ajustes importantes: melhoria no vinco da tela, dobradiça mais durável e uma versão do iOS 27 com recursos otimizados para o novo formato.

Sem pressa, mas com precisão

Lançar um dobrável em 2026 significa chegar com ao menos sete anos de atraso em relação à Samsung, que iniciou sua linha em 2019.

Mesmo assim, a Apple sabe que existe uma base fiel de usuários — muitos dos quais sempre quiseram experimentar um dobrável, mas nunca cogitaram migrar para o Android.

Ao oferecer esse formato sem que o usuário precise abrir mão do iOS, a Apple pode capturar uma demanda reprimida.

Além disso, o preço deve seguir a linha premium: estima-se que o modelo dobrável custará a partir de US$ 2.000 nos Estados Unidos. Isso ajuda a aumentar o faturamento mesmo com uma produção mais limitada.

China como termômetro

Um dos motivos que pode ter acelerado o projeto do dobrável é o desempenho da Apple na China, que vem enfrentando queda nas vendas.

Por lá, marcas como Huawei, Xiaomi, Honor e Vivo já oferecem diversos modelos dobráveis — e o público asiático tem demonstrado interesse especial pelo formato tipo livro (o mesmo que a Apple adotará).

Ao atender essa tendência, a empresa pretende reconquistar espaço num dos mercados mais estratégicos do mundo.

Dará certo?

Ainda é cedo para saber se o iPhone dobrável será um novo iPhone X — ou apenas um nicho caro, como o Apple Vision Pro. Mas uma coisa é certa: quando a Apple entra em um segmento, mesmo tardiamente, ela costuma atrair os holofotes e ditar tendências.

Resta saber se, nesse caso, a Apple irá conseguir algum sucesso nessa área já completamente dominada pela concorrência.