A crise da Apple Intelligence escancara o vazio deixado por Steve Jobs

A Apple chegou em um ponto curioso da sua história. A empresa que transformou a computação pessoal com o iPhone, o iPad e o Mac está tropeçando justamente na tecnologia que deve definir os próximos anos: a inteligência artificial.

O desenvolvimento conturbado da nova Siri e da Apple Intelligence tem revelado muito mais do que simples falhas técnicas.

O que está por trás dessa crise é a falta de uma liderança com visão clara — aquela que era tão característica nos tempos de Steve Jobs.

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Decisões confusas e falta de direção

Relatos de bastidores mostram um cenário preocupante: mudanças constantes de estratégia, equipes que se revezam no controle da Siri (chamado internamente de “batata quente”) e até apelidos como “AIMLess” para o time de IA/ML — uma crítica direta à ausência de rumo.

Para completar, recursos apresentados na WWDC 2024 como se estivessem prontos… simplesmente não existem de verdade.

Apenas a animação colorida da Apple Intelligence estava ativada nos aparelhos de teste.

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Se Jobs estivesse no comando, isso simplesmente não aconteceria.

Jobs detestava demonstrações falsas. Na época do iPhone original, ele insistiu que o produto estivesse minimamente funcional, mesmo que com muitos truques nos bastidores.

Ele não permitiria uma demo fictícia como a da WWDC 2024 sem algo real rodando por trás.

Foco e visão: o que Jobs faria diferente

Jobs também não hesitaria em dizer “não” a projetos mal definidos ou que não resolvessem um problema real.

Um assistente virtual que falha em 30% das respostas? Teria sido repensado desde o começo.

E se fosse preciso usar soluções externas para entregar a melhor experiência, ele faria isso sem medo de voltar atrás.

Enquanto parte da atual liderança minimizou o impacto do ChatGPT e impôs restrições ao uso de modelos de terceiros, Jobs teria feito a pergunta essencial: “Qual solução resolve o problema do usuário com a melhor experiência possível?

E teria ido até o fim com essa resposta.

Quando a liderança se apaga, os problemas se acumulam

A maior lição dessa crise talvez seja essa: a cultura da Apple mudou. E nem sempre para melhor.

Jobs não era perfeito — longe disso. Mas ele tinha algo raro: a coragem de interromper um caminho errado, de cancelar o que não funcionava e de lutar por uma experiência realmente inovadora.

Faz falta alguém assim hoje.

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