A Apple está no meio de uma briga séria com o governo dos Estados Unidos. O Departamento de Justiça americano (DOJ) entrou com um processo acusando a empresa de manter um monopólio ilegal no mercado de smartphones.
Mas a Apple já respondeu com força: ela diz que não está agindo contra a concorrência, e sim protegendo os usuários — principalmente em termos de segurança, privacidade e experiência de uso.
Segundo a empresa, obrigá-la a mudar o jeito como o iPhone funciona — por exemplo, abrindo o sistema para lojas de aplicativos de terceiros — seria perigoso.
Isso não só comprometeria recursos importantes do iPhone, como também poderia abrir espaço para golpes, aplicativos maliciosos e perda da identidade única do aparelho.
O famoso “jardim murado” é escolha do consumidor, diz a Apple
A ideia de “jardim murado” não é nova.
A Apple sempre preferiu manter seu ecossistema mais fechado, justamente para garantir que tudo funcione da forma mais integrada possível. E, para a empresa, isso não é uma limitação — é uma escolha.
Ela argumenta que os consumidores sabem o que estão escolhendo ao comprar um iPhone.
E que essa integração entre hardware, software e serviços entrega vantagens que muita gente valoriza: maior segurança, privacidade de verdade e aquela experiência fluida que só o iOS tem.
“Quebrar” o iPhone pode abrir brechas para ataques
Um dos pontos mais fortes da defesa da Apple está na questão da segurança.
Para a empresa, se ela for obrigada a permitir coisas como sideloading (instalação de apps fora da App Store) ou lojas alternativas de aplicativos, os riscos para os usuários vão aumentar.
Ela cita como exemplo:
- A criptografia do iMessage, que poderia deixar de ser eficaz;
- Recursos como o Buscar, que funciona até com o aparelho desligado;
- Proteções contra espiões digitais como o Pegasus, que explora brechas em sistemas abertos;
- A função Proteção de Dispositivo Roubado, que exige autenticação biométrica para ações sensíveis.
Segundo a Apple, tudo isso pode ir por água abaixo se for obrigada a tornar o sistema mais “aberto”.
Justiça quer seguir com o caso
Mesmo com esses argumentos, a Justiça dos EUA achou que o processo deve continuar.
Em junho de 2025, o juiz Julien Xavier Neals rejeitou o pedido da Apple para arquivar o caso, e disse que há sim indícios de que a empresa está abusando de seu poder de mercado.
De acordo com o juiz, a Apple tem participação dominante tanto no mercado de smartphones nos EUA (65%) quanto no segmento de aparelhos premium (70%).
Ele também viu motivos para acreditar que a empresa cria barreiras tecnológicas para manter os usuários presos ao seu ecossistema.
O DOJ acusa a Apple de adotar uma série de práticas que limitam a concorrência, incluindo:
- Bloquear super apps que poderiam facilitar a troca para outras plataformas;
- Impedir o funcionamento pleno de jogos em nuvem, que poderiam reduzir a necessidade de comprar novos iPhones com frequência;
- Degradar a experiência de mensagens com Android, dificultando a comunicação entre plataformas;
- Limitar o uso de smartwatches de outras marcas, forçando a dependência do Apple Watch;
- Bloquear carteiras digitais concorrentes para manter o controle dos pagamentos por aproximação.
Segundo o governo, tudo isso serve para manter os usuários dentro do “jardim” da Apple — mesmo quando eles talvez quisessem sair.
O futuro do iPhone
A Apple quer manter sua fórmula funcionando, oferecendo um sistema mais fechado, mas que (segundo ela) é mais seguro e confiável. Já o governo acredita que isso está sufocando a inovação e limitando a liberdade do consumidor.
Se a Justiça decidir que a Apple precisa mudar sua abordagem, isso pode afetar diretamente o jeito como o iPhone funciona — e abrir espaço para mudanças bem significativas no ecossistema da empresa.
A pergunta que fica é: você prefere um sistema mais fechado, mas seguro e integrado — ou mais aberto, com mais liberdade e mais riscos?
Do jeito que está. A “liberdade” está amplamente disponível de forma muito mais acessível para qualquer tipo de consumidor com suas inovações tecnológicas. Ninguém é obrigado a comprar Apple. Tornar a Apple como as outras é obrigar o cliente a “liberdade”.
Se eu quisesse um sistema mais aberto voltaria ao android que já é mais versátil.
No entanto prefiro sistema fechado mas que tudo funciona de maneira assertiva.
Praticamente não se vê crash de apps por aqui e para trabalhar não tenho bugs ou problemas com iOS.
Não sei se seria possível, mas an Apple poderia criar dois softwares e na hora da atualização o consumidor escolheria qual baixar e usar. Um fechado e um aberto!
Eu uso os produtos Apple desde o perfeito 3GS e posso dizer que foram raras as vezes que o ecossistema Apple me decepcionou. As vezes me irritou, mas nunca me decepcionou! Acredito que eu escolheria manter o sistema fechado!
O sistema fechado em si já é um monopólio. kkkkk
Lógico que tem outras opções. Nesse caso, compra quem quer e ja compra sabendo.