Apple Intelligence tem aprovação para ser lançada na China, mas com censura

A Apple finalmente obteve autorização para lançar seu sistema de inteligência artificial, Apple Intelligence, no mercado chinês.

O anúncio, porém, vem com uma ressalva significativa: a empresa precisou aceitar que a gigante tecnológica chinesa Alibaba atue como intermediária para censurar conteúdos considerados sensíveis pelo governo local.

Este é um dos grandes desafios enfrentados por multinacionais que buscam operar na China sob o rígido controle estatal nas informações digitais.

Apple Intelligence na China, com restrições

Segundo relatórios da Bloomberg, a presença da Apple Intelligence na China só foi possível porque a Apple aceitou permitir que empresas locais supervisionem e filtrem suas respostas.

A Alibaba será a principal parceira nessa adaptação, inserindo uma camada extra de controle sobre os conteúdos gerados pela IA.

Apesar da censura, a estrutura central da Apple Intelligence permanecerá a mesma utilizada globalmente, com ênfase na privacidade dos dados.

No entanto, a infraestrutura de nuvem (Private Cloud Compute) será hospedada em servidores de empresas chinesas, em conformidade com as leis locais de soberania digital.

Adaptações técnicas e substituições estratégicas

Além da Alibaba, a Apple também fechou acordos com outras empresas locais.

A Baidu, rival do Google na China, substituirá o mecanismo de busca norte-americano no recurso de Inteligência Visual, que permite aos usuários realizar pesquisas por imagem pressionando o botão da câmera em iPhones da linha 16.

O ChatGPT, por sua vez, não estará disponível no país, mas a Apple poderá utilizar outros parceiros de IA para funções de conhecimento geral.

Outra exigência peculiar é que a Apple Intelligence será desativada automaticamente sempre que uma atualização estiver disponível.

O objetivo é garantir que a camada de censura da Alibaba seja atualizada imediatamente, evitando brechas que permitam o acesso a informações não autorizadas.

Contexto de mercado e pressões geopolíticas

A aprovação da Apple Intelligence na China é importante estrategicamente para a Apple, que enfrentava dificuldades no país devido à ausência de recursos de IA em seus dispositivos.

Durante a conferência de resultados financeiros do último trimestre de 2024, a empresa admitiu que as vendas na China estavam abaixo do esperado, em parte pela falta de inovação tecnológica localizada.

Isso marca a atual relação das Big Techs com regulamentação.

Assim como a Apple precisou aceitar a censura na China, a empresa já se adaptou a outras demandas globais, como a abertura para lojas de aplicativos de terceiros na União Europeia (para cumprir o Digital Markets Act) e ajustes comerciais nos EUA para evitar tarifas.

Vale ressaltar que apenas iPhones comprados na China terão acesso à Apple Intelligence com a camada de censura. Dispositivos trazidos de outros países não terão o recurso ativado.

Portanto, brasileiros que compram o modelo chinês do iPhone (principalmente para poder usar dois chips físicos ao mesmo tempo) devem ficar alertas quanto a este detalhe.

A expectativa é que o Apple Intelligence chegue oficialmente aos usuários chineses em maio de 2025, após uma atualização de software (provavelmente o iOS 18.5).

Apesar das concessões, a Apple reforça que a privacidade do usuário continua sendo uma prioridade, ainda que adaptada às leis locais.

 Produtos Apple em promoção

Adaptador de corrente USB-C de 20 W
R$ 219R$ 125,93COMPRE JÁ
Cabo original USB-C para Lightning 1M
R$ 219R$ 189COMPRE JÁ
AirPods 4 com Cancelamento Ativo de Ruído
R$ 1.999R$ 1.598,99COMPRE JÁ
AirPods Pro (2ª geração)
R$ 2.599R$ 1.936,69COMPRE JÁ
SOBRE:
Compartilhar este Artigo
1 comentário
//