A última semana tivemos diversas notícias e rumores em relação a Apple, inclusive algumas “novelas” que se arrastam e que já ficaram chatas, de tanto que ficam mudando.
Então, resolvemos reunir em um artigo único o resumo de todas essas notícias que o tio iLex considera chatas demais para ganhar um artigo dedicado.
Epic força a barra de novo e deixa Fortnite fora do iPhone
A Epic Games voltou a fazer um drama na tentativa de trazer de volta o jogo Fortnite para o iPhone.
Dessa vez, a empresa acusou a Apple de bloquear uma atualização do jogo, o que teria impedido o lançamento tanto na App Store dos EUA quanto na nova loja da Epic na União Europeia.
Resultado: Fortnite ficou offline no iOS no mundo todo, segundo a própria Epic.
Mas parece que a empresa forçou uma situação para chamar a atenção.
É verdade que uma juíza determinou no início de maio que a Apple permita que desenvolvedores incluam links externos de pagamento em seus apps. Porém, a Apple ainda não o fez, porque está recorrendo na justiça.
Ou seja, nenhum desenvolvedor pode liberar na App Store dos EUA links externos de pagamento, até esse julgamento ser concluído. Mas a Epic, mais uma vez, quer ter tratamento diferente.
O aplicativo que eles mandaram para aprovação tentava liberar o Fortnite com links externos para todo o mundo e não somente para a região da União Europeia, onde é permitido.
A Apple explicou que só pediu para a Epic reenviar o app sem incluir a loja dos EUA na atualização destinada à Europa, justamente para respeitar as regras geográficas da App Store.
A Epic tentou burlar a separação entre os mercados, se fazendo mais uma vez de vítima, em um cenário que claramente sabia que não seria aceito. E aí, ao invés de ajustar a submissão como solicitado, ela preferiu tirar o jogo do ar e jogar a culpa na Apple.
No fim das contas, o discurso da Epic serve mais como jogada de marketing e pressão política do que como preocupação real com os jogadores. E nem isso é novidade. Então, para nós, é uma notícia chaaata.

Gradiente evita que sua patente seja anulada
Essa semana, o STJ (Superior Tribunal de Justiça) negou um recurso da Apple e confirmou uma decisão de outro tribunal (Tribunal Regional Federal da 2ª Região) que tinha anulado a sentença anterior que havia declarado a marca caduca.
Resumindo, é uma notícia velha, requentada.
A Gradiente já tinha conseguido a anulação da caducidade da marca, a Apple recorreu e não conseguiu. O resto, é papo chaaato.
Lembrando que a Gradiente só conseguiu se livrar da caducidade por causa de uma artimanha jurídica de lançar temporariamente um celular genérico de baixa qualidade só para não perder a marca. E o consumidor que se dane.

O que promete ser mais emocionante mesmo é a próxima etapa, que acontece no STF. O ministro Dias Toffoli já determinou que a decisão final aconteça em plenário físico, então teremos um provável evento midiático que determinará se a Apple deve pagar uma fortuna à Gradiente ou não.
Prepare o balde de pipoca.
Justiça dá prazo pra Apple abrir a App Store no Brasil (mas será que vai?)
No dia 14 de maio, o Tribunal Regional Federal da 1ª Região deferiu liminar que obriga a Apple a permitir formas alternativas de distribuição de apps e de processamento de pagamentos em sua loja no país, atendendo pedido do Cade.
A empresa tem 90 dias para cumprir a decisão — ou poderá sofrer sanções.
Seria uma notícia bem relevante, se o ambiente jurídico não fosse tão volátil. Essa decisão já havia sido tomada antes… e depois anulada por um recurso da própria Apple.

Ou seja: ainda é possível que tudo mude de novo até o fim do prazo, o que faz a informação entrar para a nossa categoria de “notícias chaaatas”.
Quando (ou se) a Apple realmente liberar a App Store no Brasil para lojas alternativas, aí sim teremos uma notícia de verdade.
Até lá, será somente vai e vem jurídico (e chaaaato).