Na semana passada havíamos comentado aqui que a Apple pretendia lançar uma versão especial do iOS para o público chinês, na tentativa de reverter a decisão judicial de proibir a venda de alguns modelos de iPhone no país asiático. E esta versão foi lançada nesta segunda-feira, não apenas para os chineses, mas para o mundo inteiro.
Veja o que ela trouxe de novo para os usuários da China, que não trouxe para o resto do mundo.
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Se você tem um iPhone compatível com o iOS 12, deve ter percebido que apareceu no início desta semana uma nova atualização, a 12.1.2. O bizarro é que isso aconteceu apenas uma semana depois de ter liberado a versão 12.1.1. E para confundir ainda mais, agora liberou apenas para o iPhone, deixando de fora o iPad, que ainda está com o beta do 12.1.2.
Aconteceu algo parecido em novembro com o sistema watchOS, que ganhou uma versão exclusiva para resolver um bug de última hora.
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Na versão brasileira das notas da atualização, as únicas mudanças anunciadas são relativas ao funcionamento do eSIM e de conectividade na Turquia.
O iOS 12.1.2 inclui correções de erros para o seu iPhone. Esta atualização:
– Corrige problemas com a ativação de eSIM no iPhone XR, iPhone XS e iPhone XS Max
– Soluciona um problema que podia afetar a conectividade celular na Turquia para o iPhone XR, iPhone XS e iPhone XS Max
Porém, na versão chinesa, há mais duas mudanças:
– Introduz uma nova animação quando se força o encerramento de apps
– Atualizações na ficha de compartilhamento para configurar imagens de papel de parede e contatos
De fato, um vídeo mostra bem como ficou a animação de quando se fecha um aplicativo nos novos iPhones:
Mas por que só na China?
Porque a Qualcomm possui uma patente no país com um movimento bastante parecido com o usado no iOS. Aliás, é uma animação que já existe há um bom tempo no Android, se não me falha a memória.
Visto que a patente é válida somente naquele país, a Apple só precisa mudar o sistema para os chineses e não para o resto do mundo.
A Qualcomm já se manifestou, dizendo que esta é mais uma tentativa da maçã de ludibriar o sistema judiciário. Já a Apple afirmou que este processo judicial na China é mais um movimento desesperado de uma companhia que executa práticas ilegais que estão sendo investigadas por agências regulatórias ao redor do mundo. Ela se refere à prática da Qualcomm de cobrar preços bastante elevados pelo uso de suas patentes essenciais.