Parece que a farra das contas digitais, que começou em 2018 e trouxe ao mercado brasileiro trocentas opções sem taxas bancárias e muito cashback, está definitivamente ficando no passado.
O aplicativo de pagamentos PicPay anunciou que a partir de 29 de julho de 2023, passará a cobrar uma tarifa mensal de R$ 10 para contas consideradas inativas.
A mudança apareceu em uma página de suporte da fintech, onde a empresa detalhou que a cobrança será aplicada quando o cliente não realizar nenhuma movimentação financeira ou acesso à conta pelo período de 360 dias.
De acordo com o PicPay, a cobrança tem como objetivo reduzir custos associados às contas sem movimentação, uma prática que, segundo a empresa, é comum no mercado financeiro.
Contudo, a empresa esclareceu que a tarifa de inatividade estará condicionada à existência de saldo na conta do cliente, ou seja, caso a conta esteja zerada, o usuário não será devedor dessa tarifa.
O conceito de conta inativa adotado pelo PicPay envolve o período de um ano corrido sem qualquer interação do cliente com o aplicativo.
A cobrança será limitada a um período máximo de 12 meses, e caso haja qualquer movimentação na conta durante esse período, a cobrança será interrompida.
Lei quer impedir cobrança
A medida do PicPay vem em meio ao debate sobre a cobrança de tarifas por inatividade bancária, e, no Congresso Nacional, tramita um projeto de lei (PL 772/23) com o objetivo de proibir essa prática.
O PL, de autoria do deputado federal Gerlen Diniz (PP-AC), propõe que as instituições bancárias notifiquem os clientes após 60 dias de inatividade, questionando sobre o interesse na manutenção da conta.
Caso não haja resposta em até 30 dias, a conta seria encerrada sem custos para o consumidor.
Então, se você não tem usado mais o PicPay ultimamente, a dica é sempre lembrar de abrir o aplicativo de tempos em tempos, para não cair na inatividade. Isso, claro, se você ainda tem algum saldo na conta.
