Estamos em plena corrida da Inteligência Artificial (IA), em que diversas gigantes de tecnologia procuram se destacar nesta área, para não ficarem para trás.
Mas cada vez mais, há uma discussão ética que é levantada sobre essas IAs: se ela “cria” algo baseado no material que outras pessoas escreveram ou criaram, quem é o real criador, a máquina ou essas pessoas?
A Apple busca se diferenciar através de uma abordagem ética na aquisição de dados para treinamento de suas máquinas virtuais.
A agência Reuters diz que a gigante de Cupertino está fazendo esforços consideráveis para garantir que sua tecnologia avance respeitando os direitos de propriedade intelectual, um desafio cada vez mais relevante à medida que as demandas por dados crescem exponencialmente.
Recentemente, a Apple firmou um acordo com a Shutterstock, uma renomada agência de fotografia e imagens, para utilizar sua vasta biblioteca de imagens.
Este movimento estratégico revela a busca da empresa por fontes de dados legítimas e de alta qualidade, além de destacar seu compromisso com práticas éticas no desenvolvimento de IA.
E ao optar por esse caminho, a Apple acaba evidenciando as práticas questionáveis de alguns de seus concorrentes no campo da inteligência artificial.
Roubando material dos outros
A indústria de IA enfrenta um desafio constante: a necessidade de acessar grandes volumes de dados para treinar algoritmos de maneira eficaz.
Empresas como OpenAI, Google e Meta têm explorado diversas fontes para satisfazer essa fome insaciável por dados.
No entanto, a obtenção desses dados muitas vezes colide com questões de direitos de propriedade intelectual, levantando preocupações éticas e legais.
A prática de “raspar” conteúdo da internet sem permissão tem sido uma área particularmente cinzenta, com debates sobre a legalidade e a moralidade dessas ações.
Exemplo a ser seguido
Com este caso de licenciamento da Apple, é bem provável que isso sirva como um norte a ser seguido pela indústria daqui para frente.
Com o debate sobre o uso não autorizado de produção intelectual, principalmente imagens e fotos, a tendência é de que as empresas que hoje usam o que está na internet sem nenhuma limitação acabem se enquadrando e pagando a quem tem direito o valor daquele material.
Eu não sei vocês, mas eu estou cada vez mais ansioso para saber o que a Apple terá para nos apresentar quando revelar ao mundo sua versão de inteligência artificial. E espero que ela não nos decepcione…
➽ Executivo da Apple dá spoiler de que a Inteligência Artificial estará no foco da WWDC24
WWDC desse ano promete ser épico !
qual a opinião do pessoal do BDI à respeito da Apple lançar essa AI? Será que ficará apenas para os iPhones 15/16…?
Falando de forma bem prática, transparente e verdadeira:
A internet é internet sem cópia? Não estou falando de “roubo”. Meu ponto é que a internet só é Internet pelo conteúdo gerado e disponível de forma irrestrita, ou da forma mais irrestrita possível.
E os direitos autorais?
O papo é longo e bastante complexo, sem dúvida. Mas como exemplo: Hoje só existe “Spotify” pq um dia existiu Napster.
Simples assim.
Esse papo de que a IA não pode “raspar” conteúdo me parece um tiro do pé da própria tecnologia e do desenvolvimento da web.
Edit: Eu sei que alguns podem argumentar que o “Napster era roubo”. E era. O que eu defendo é que nao adianta burocratizar pq o povo dará um jeito de “desburocratizar” de um jeito ou de outro.