Todos sabemos que Steve Jobs nunca foi um santo. Houve momentos de nervosismo, de atitudes enérgicas e até de atos desonestos, quando ele fez Steve Wozniak criar em 4 dias o jogo Breakout para a Atari, mas pagou a ele apenas uma pequena parte do que recebeu.
Pessoas não são perfeitas, nem mesmo você que está lendo este texto agora.
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Os que possuem personalidade forte geralmente não são muito fáceis de lidar no âmbito pessoal. E basta um ato ruim para que a imagem publica da pessoa fique suja, independente de quantos atos legais ela tenha feito.
É assim que funciona a humanidade, tragédias chamam muito mais atenção em manchetes de jornais do que coisas boas.
No caso do Jobs, muita gente gosta de reforçar que ele era tirano, dando o exemplo do funcionário que foi despedido no elevador.
A gente não sabe o quão competente (ou não) era esse funcionário, e como ele realmente trabalhava. Mas a história que ficou foi a forma como ele foi despedido. Afinal, se descobríssemos que ele tinha feito uma grande burrada que ocasionou sua demissão, a história perderia a graça.
Aliás, histórias de chefes tiranos é o que mais tem, e é muito provável que você já tenha tido um em sua vida profissional.
Jobs teve momentos que, se forem isolados do contexto, o farão parecer a pior pessoa do mundo. Repito, todos nós temos momentos assim. E alguns filmes atualmente estão explorando somente este lado, que é o que chama mais atenção. Foi o caso do documentário britânico “The Man on the Machine” e do filme que irá estrear esta semana, chamado de “Steve Jobs“.
A Apple quer mostrar que este não era o único lado do seu fundador, divulgando vídeos internos em que ele era dócil e divertido com seus funcionários.
Quem publicou os vídeos foi a ABC News, no popular programa Good Morning America, mostrando Steve em reuniões com a diretoria da Apple. Ele sorri, faz piadas e se mostra até carinhoso com os empregados. Confira o vídeo (em inglês):
A viúva de Jobs é a que mais contesta os atuais filmes e até a biografia autorizada, dizendo que mostra somente um lado que não dá a ideia real de como Steve era no dia-a-dia. A Apple também quer quebrar um pouco esta má imagem, mostrando também que ele era, como todos nós, humano.
Para nós, que não convivíamos pessoalmente com Steve Jobs, o que deve interessar é o que ele fez e o que nos proporcionou, o que ele mudou em nossa vida digital, sem torná-lo um mártir ou um demônio.
Pois sua vida pessoal não diminui em nada o resultado do seu trabalho.