Existem diversos grupos de segurança que ficam constantemente testando falhas em sistemas, sites e dispositivos, para tentar encontrar brechas que possam comprometer os usuários. Geralmente são grupos do bem (hackers, na melhor definição da palavra), cujo único objetivo é o de alertar as empresas quando perigos acontecem.
Um desses grupos é coordenado pelo Google com o nome de TAG (sigla para Grupo de Análises de Ameaças). E eles descobriram no início deste ano uma vulnerabilidade do iOS que permitia um iPhone ser invadido apenas ao visitar um site.
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Segundo as informações contidas no site do Project Zero, um pequeno número de sites usava um código malicioso que explorava a vulnerabilidade.
Ainda segundo o texto, estes sites eram específicos de certas comunidades, com o objetivo claro de ter acesso aos dados dos usuários. Em nenhum momento o Google cita estas comunidades, que podem ser, por exemplo, grupos de usuários chineses.
Como a falha funcionava
A falha era realmente grave. Bastava simplesmente visitar certa URL para que o aparelho do usuário pudesse ser invadido em camadas profundas, podendo-se obter acesso à fotos, mensagens do WhatsApp e outros dados.
A invasão funcionava até o usuário reiniciar o iPhone, que fazia com que a memória RAM fosse limpa e eliminasse a possibilidade de acesso.
O levantamento da pesquisa aponta que a falha vinha desde o iOS 10 e durou cerca de 2 anos.
O fim da vulnerabilidade
Respeitando as diretrizes do projeto, o TAG informou à Apple sobre a falha no início de fevereiro deste ano, e a consertou 6 dias depois, com a atualização do iOS 12.1.4.
Por isso é sempre importante atualizar o iOS, mesmo quando ele aparentemente não apresenta novidades. Em muitos casos há o conserto de falhas que, por segurança, não são divulgadas.
Imagine o quão feliz o Google não deve ficar ao anunciar uma falha do seu grande sistema operacional concorrente. Por isso, é sempre importante lembrarmos que podem existir detalhes que não foram ditos.
Apesar da grande ênfase que o Google deu à falha acontecer ao iOS (e que é bem grave, vale ressaltar), ele omite dizer se havia outros sistemas também afetados nos mesmos sites. Também não fica explícito quantas pessoas podem ter sido vítimas (se é que realmente foram) e em quais comunidades isso aconteceu.
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Atualização:
Já se sabe quem usava a falha do iOS revelada pelo Google
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Mas independente da grama do vizinho, o que nos interessa é saber que havia uma grave falha no iOS, pois isso nos atinge diretamente. E é muito bom saber que a Apple foi rápida em consertá-la depois que ficou sabendo, apesar de ter deixado passar 2 anos sem perceber essa vulnerabilidade.
Sempre dissemos aqui: o iOS é um dos sistemas mais seguros que existe, mas não existe no mundo nenhum sistema operacional impenetrável. Falhas irão aparecer de tempos em tempos e sempre haverá quem irá tentar se aproveitar delas.
O ideal é sempre estarmos atentos e evitar visitar sites estranhos ou suspeitos.
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